11.ª parte

Uma lágrima caiu do canto do meu olho e eu limpei-a com rapidez.
- Não chores Margarida, por esta hora ela já não merece nem uma lágrima tua, nada!
- Tu não entendes, ela merece, vai sempre merecer tudo!
- Eu sei que tu vais conseguir ultrapassar isso, Margarida.
- Vamos ver...
Eu continuei com a minha cara de enjoada por causa do assunto "Filipa" e a Tatiana tentou animar-me variadas vezes, nada resultava. Eu estava entrelaçada e distraída com os meus pensamentos e apercebi-me que já tinham passado dois meses e meio e que a esta altura do campeonato já não havia nada a fazer. Decidi ser forte e continuar com a minha vida normal, mais uma vez. Já tinha contado à minha mãe que a Filipa me tinha mandado mensagem e ela aconcelhou-me a ir sair com a Tatiana e os rapazes. Já eram nove da noite e eu e a Tatiana estavamos a acabar de nos vestir dentro do quarto. Nós estávamos muito divertidas e só ouviamos o Ricardo a bater na porta do quarto com muita força e a gritar para nos despachar-mos. Saimos do quarto ainda a rir e dissemos em coro :
- Demorámos assim tanto tempo ?
- Calem-se e vamos.
Chegámos ao café e o Ricardo foi para a mesa do canto, como sempre, e nós fomos pedir bebidas. Eu pedi um simples sumo, porque não queria ficar bebêda de novo. Fomos para ao pé deles, mas a caminho a Tatiana perguntou-me se eu ia falar com o Rodrigo e eu encolhi os ombros como resposta. Cheguei à mesa e dei um beijinho na testa ao Rodrigo. Como em todas as outras noites, eu e ele fomos dar uma volta.
- Estamos aqui, de novo.
- Parece que sim.
Eu não conseguia olha-lo nos olhos, sabia que ia chorar. Mas ele pegou na minha cara e, gentilmente, levantou-a olhando-me nos olhos. Comecei a chorar e ele abraçou-se a mim.
- Calma, Margarida.
- Não me largues, Rodrigo, nunca mais.
- Não o iria fazer, estou aqui para ti.
- Rodrigo, preciso do ti sempre.
- Estou aqui, calma, Margarida.
Depois do ataque de choro ter acabado eu contei a história ao Rodrigo. E ele agarrou a minha mão e beijou-me com o maior carinho. Corei e encostei-me a ele. Continuámos aos beijinhos e aos abraços, até que ouço um assobio. Era a Tatiana, ela estava a ver e percebi que tinha de ir. Beijei-o como adeus e fui ter com a Tatiana a sorrir. Quando cheguei ao pé dela saltei e dei um grito de felicidade.
- Afinal, afinal.. Menina Margarida!
- Estou feliz, pshiu Tatiana...
- Ainda bem amor.
- Obrigada prima!
Fomos para casa e quando cheguei fui contar tudo à minha mãe. Ela ficou feliz comigo e disse logo que queria o queria conhecer. Fui para a cama muito feliz e encantada.